Florença, Itália - A controversa limpeza da escultura Davi está pronta, com décadas de sujeira tendo sido arrancadas do tributo de Michelangelo à beleza da nudez masculina, antes da comemoração dos 500 anos da obra prima, que está na Galeria Accademia de Florença, onde é banhada pela luz do sol através da cúpula. A restauração da escultura do jovem herói bíblico que derrotou Golias foi reiniciada em setembro depois de um início conturbado, quando a restauradora original desistiu da tarefa por causa de divergências de como deveria ser feita a limpeza. O Davi atrai 1,2 milhões de admiradores por ano, fazendo dele uma das obras de arte mais visitadas do mundo.
Liderando um pedido mal sucedido para impedir a restauração estava James Beck, professor de Arte da Universidade de Columbia, conhecido pela denúncia de que a restauração dos afrescos de Michelangelo na Capela Sistina foi muito abrasiva. Foram removidos do Davi séculos de parafina de vela e marcas do tempo – manchas de depósitos de sulfato –, com um instrumento semelhante a um bisturi. Algumas manchas não puderam ser removidas, como o amarelado do pé esquerdo e marcas violetas nas costas, que podem ter sido causadas por algum tipo de fungo, disse Laura Speranza, uma oficial da Opificio que monitorou o trabalho.
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